terça-feira, 18 de maio de 2010

– Banho Bósnio-Herzegovino.

- Eu não acredito nisso! – resmungou.
- O que acontece dessa vez, Dougie?
- Harry, a torneira da minha banheira de hidromassagem acabou de quebrar.
Harry riu.
- E precisa dessa raiva toda por causa disso?
- Quem tá com raiva? – Tom perguntou aos entrar no apartamento.
- A banheira de hidromassagem do Dougie tá com a torneira quebrada. – harry respondeu entre risos.
- Uai, então usa o chuveiro. – Danny sugeriu rindo.
- Vocês não entendem! Hoje tem show, e eu não consigo ficar calmo se eu não tomar meu banho relaxante com sais da Bósnia–Herzegovina.
- Deixa de ser gay, Dougie. – Tom gargalhou. – E os sais são de onde mesmo?
- Bósnia-Herzegovina, Tom. Bósnia-Herzegovina. – Dougie disse gesticulando. – Herança de família.
- Por que você não liga para um centro de manutenção? – Harry sugeriu. – O Danny mora perto de um.
- Eu ouvi meu nome. – gritou da cozinha. Pouco depois, saiu comendo uma maçã. – Ofi fem fpeu?
- Que nojo, Danny. Engole isso primeiro.
- Me deixa, Thomas. – ele riu. – Mas o que disseram de mim?
- Você mora perto de um centro de manutenção, não mora? – Harry perguntou.
- Aham. Mas o que tem isso?
- Você se lembra do número de lá?
- Eu não sou tão sem-noção, ow! Eu passo na frente daquilo todo santo dia, não tem como não decorar.
- Daniel, você é o cara! Vai salvar minha vida com esse numero. – Dougie disse, pulando no sofá.
Harry e Tom não paravam de rir.
- Você vai ligar agora? – Danny perguntou. Dougie assentiu com a cabeça. – Então, o número é...
Danny disse o numero e Dougie discou apressado. Após chamar três vezes, um homem de voz bem grossa atendeu:
[i]- Bom dia! Você ligou para o Maintenance Center Tabajara&Oliveira Ltda. Como posso ajuda-lo? [/i]
- Bom dia. Meu nome é Dougie, e eu preciso de um bombeiro hidráulico com urgência aqui na minha casa.
[i]- Para qual serviço especificamente, senhor? [/i]
- A torneira da minha banheira de hidromassagem quebrou. E sabe, eu preciso dela pra hoje. Senão não posso tomar meu banho relaxante com os sais da Bósnia-Herzegovina.
Se ouviu um riso abafado, enquanto o homem digitava algo.
[i]- Bom, senhor, apenas um de nossos funcionários está disponível. E –-[/i]
- Não tem problema. Contanto que ele venha o mais rápido possível.
[i]- Okay. Me passe seu endereço que em menos de meia hora ele já estará aí. [/i]
Dougie deu seu endereço e se sentou aliviado no sofá.
- Cara, se você errar uma nota só nesse show, eu te mato. – Tom disse.
- Eu vou tá bastante relaxado. – Dougie falou. – Vamos fazer o Wembley tremer hoje.
Tom riu.
- Espero. – ele se levantou. – Galera, eu vou nessa. Sabem como é, a Emillie sempre tem que me deixar relaxado antes dos shows. – e deu um risinho de lado, deixando à mostra sua covinha.
- Eu vou também. – disse harry. – Aluguei um filme de romance ontem e quero ver com a Samira.
- Bah! Eu não vou ficar aqui sozinho com o Dougie. Vou dar uma chegadinha no apê da Nayá. – Danny caminhou em direção à porta.
- Okay, guys. Vejo vocês no show.
Dougie se despediu e os garotos foram embora. Certo tempo depois, a campainha da sua cobertura tocou.
- Até que enfim o cara chegou.
Ele foi abrir a porta, e se deparou com uma mulher.
- Hello! Eu sou a Gabriella e --
- Ah, eu não posso dar autógrafos agora. Eu tô esperando alguém. – ele a interrompeu.
- Eu não quero autografo. – ela respondeu simplesmente.
- Dinheiro, então?
- Well, sim. Mas só depois que eu terminar o meu trabalho.
Dougie fez uma cara estranha.
- Vim consertar a torneira de sua banheira. – Gabriella falou com um tom obvio.
- Hã? Ta brincando comigo, né?
- Por que eu estaria? – respondeu séria.
- Você é uma MULHER!
Gabriella bufou.
- Mas um garoto bonitinho machista. Onde nossa sociedade vai parar?
Dougie ainda a olhava assustado.
- Olha aqui, ô baixinho. Eu sou a filha do dono da firma. Cresci vendo tudo quanto é tipo e marca de cano que você imaginar. Se bobear, eu posso até fazer uma torneira sair voando. Então se o doutor aí se acha bom demais pra ser atendido por uma mulher, eu não vou mias perder o meu tempo.
A garota se virou pra ir embora, mas sentiu uma mão em seu ombro.
- Tudo bem, tudo bem. A banheira é la na minha suíte, entre e fique à vontade. Eu sou o Dougie.
- Eu sei, o baixista do McFly. – ela disse sutil enquanto entrava no apartamento do menino.
- E você não quer mesmo o meu autografo? – ele perguntou surpreso enquanto a guiava pro quarto.
- Eu?! Ah, não. Sempre fui mais o Fletcher. – Gabriella riu ao ver a expressão de Dougie. – Então, essa é a banheira enferma?
- É sim. A torneira de água quente que quebrou. E eu não posso fazer minha sessão relaxante pré-show, usando sais da Bósnia-Herzegovina, com água fria.
- De que planeta você é mesmo? – ela perguntou revirando os olhos. – Eu conserto isso num instante.
Gabriella se abaixou e começou a trabalhar. Enquanto isso, Dougie, que estava escorado na batente da porá, a observava. Ele não podia negar: a garota tinha belas curvas.
- Pronto! – ela disse se levantando, pouco tempo depois. Ao perceber que estava sendo observada com um certo interesse, corou. – Er... são 91 libras.
- Como disse? – Dougie perguntou, saindo do transe.
- São 91 libras. – ela repetiu ainda envergonhada.
- Oh. Eu vou buscar minha carteira.
- Okay.
O garoto voltou para o quarto enquanto Gabi enxugava as mãos numa toalha, que estava ao lado de um grande espelho.
- ... setenta, oitenta, noventa e um. – Dougie contava, entrando no banheiro.
- Thanks. – Gabi esticou a mãe para receber, mas Dougie recuou. – What?
- Como eu vou saber se o trem não vai quebrar de novo?
- Você tem um mês de garantia.
- Nada disso. A senhorita pode esperar aqui pra vê se não dá nenhum problema.
- Eu vou esperar você tomar banho? – ela perguntou perplexa.
- Bom, isso não seria uma má idéia. Mas não é isso. É só esperar um pouco até a banheira encher. Preciso garantir que vou tomar meu banho relaxante com sais da Bósnia-Herzegovina. – se justificou.
- Gosh! Vamos logo com isso então.
Ela se abaixou e ligou a torneira. A água saia normalmente, e o vapor tomava conta do banheiro.
- É, ta bom mesmo o trabalho. – Olha como a torneira ta segura?
Ele começou a dar socos na torneira, para garantir que tudo estava em ordem. O problema, é que os socos estavam fortes [u]demais[/u].
- Dougie, pára de dar esses socos.
- No worries, Gabriella. Tá tudo b--
Antes que ele pudesse terminar, a torneira “voou” pra longe, e um jato forte jorrava água por todo o banheiro.
- O QUE VOCÊ FEZ? – Gabriella perguntou, tentando sem sucesso tampar o buraco na banheira.
- Porra! O QUE FOI QUE EU FIZ?
- Cadê o registro?
- Cadê o registro?
- PÁRA DE ME IMITAR e responde.
Enquanto discutiam, a banheira jorrava água, encharcando o chão do banheiro.
- Ali em cima. – Dougie apontou, já mais calmo.
- Eu não alcanço.
- Deixa eu tentar.
Dougie se encostou em Gabriella, e após muito esforço, conseguiu alcançar o registro. Porém, ambos se desequilibraram.
[i]TCHABUM! (n/a: onomatopéia ridícula!)[/i]
- Oh my God! Minha roupa.
- I’m so sorry, Gabriella.
- Não, tudo bem. – ela disse, ainda sem se levantar.
- Toma uma toalha. – Dougie começou a sair da banheira, mas escorregou. Voltou a cair, dessa vez, em cima da garota.
- HAHAHA! – Gabriella riu.
- Ri, continua rindo. – Dougie resmungou.
- Ah, foi engraçado.
- Eitá.. verdade. – e riu também.
Eles se encararam. Olharam-se nos olhos pela primeira vez. Dougie sorriu de lado, e Gabriella mordeu o lábio inferior.
- Eu acho que você tem algo a mais pra consertar. – Dougie falou, ainda a encarando.
- Vai ficar mais caro.
- Eu posso pagar de um jeito melhor.
Dougie se inclinou e encostou seus lábios nos de Gabriella. Iniciaram um beijo calmo e intenso ao mesmo tempo. Depois de um longo tempo, se separaram.
- E o seu banho relaxante com sais da Bósnia-Herzegovina? – ela perguntou.
- Bah, ele nunca me relaxou mesmo.
Eles riram e voltaram a se beijar.

~ FIM ~

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